A riqueza cultural do samba ganha destaque na exposição Entre a Vila e a Cidade: A Curitiba do Samba, em cartaz no Centro Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) até o dia 11 de julho. Com entrada gratuita, a mostra convida o público a conhecer a trajetória do samba na capital paranaense e sua profunda relação com a identidade negra, a ocupação do espaço urbano e a resistência cultural.
Promovida pela PUCPR Cultura, a exposição reúne fotografias, jornais antigos, adereços de escolas de samba, retratos da velha guarda e um mapa colaborativo produzido pelo Bloco Boca Negra, que destaca os principais territórios do samba em Curitiba. Uma roda ancestral montada no centro do espaço expositivo propõe uma imersão simbólica nas raízes dessa manifestação cultural afro-brasileira.
Segundo o curador Gustavo Paris, a proposta é dar visibilidade a uma Curitiba que pulsa fora dos grandes centros e que é moldada pela coletividade, pelos blocos de rua e pelas comunidades periféricas. “É sobre resistência, criatividade e a força coletiva do samba na cidade”, afirma Paris.
Um dos destaques da mostra é o vínculo entre o samba curitibano e a ferrovia, símbolo das conexões e também das barreiras enfrentadas por sambistas ao longo da história. A exposição ainda dialoga com o movimento contemporâneo dos blocos de rua, destacando a ocupação do espaço público e o carnaval como ferramentas de expressão política e cultural.
A antropóloga Caroline Blum, consultora da exposição, destaca que o samba faz parte da história da cidade há mais de 80 anos. “A escola de samba mais antiga de Curitiba, Embaixadores da Alegria, foi fundada em 1948. É uma tradição longa e potente como a de outros grandes polos culturais”, comenta.
Com apoio da Casa da Memória, Fundação Cultural de Curitiba, Museu Paranaense e Secretaria de Estado da Cultura, a mostra reafirma a importância de reconhecer a capital paranaense como território do tambor, da negritude e da criatividade popular.
A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 9h às 22h, e aos sábados, das 9h às 13h, no Centro Cultural da PUCPR (Rua Imaculada Conceição, 1155 – Prado Velho).
Mais informações: @pucpr_cultura.
Com informação da Assessoria e imagem de divulgação/ Instituto Tomie Ohtake